quinta-feira, 20 de novembro de 2008

os objetos agem

montagem baseada em obra de Valéria Calado

Se alguém numa madrugada tocasse
feridas recém-abertas
ou dissesse que estou preso a uma esfera
que nunca se rompe
nenhum poder se iguala àquilo:
um pássaro
durante seu vôo e a curva de uma pedra
arremessada
têm arabescos fluidos, redes disformes, riscos discordantes
do balanço
o zumbido dos insetos transforma a duração
a dor
ocupa todo o pensamento, tudo
se move
de grau em grau
imaginariamente


Compreender aquilo a que estamos fadados significa estarmos conscientes de que isso é diferente de nosso destino.


Para operar no mundo
é preciso entender
como o mundo opera


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